agosto 20, 2004

As eleições para a prefeitura do Rio estão animadas...

... por enquanto é só fumaça. Mas a gente está aquí à espera de quando começa a lambada, democrática e simples.

Candidatos a prefeito do Rio baixam o nível em dia de pugilato eleitoral

Três candidatos a prefeito do Rio reservaram o dia de ontem para as baixarias. Em cenas de pugilato verbal, Cesar Maia (PFL) comparou Marcelo Crivella (PL) ao malandro Azambuja, personagem de Chico Anysio. O senador não deixou por menos e disse que o prefeito é uma doença. E Luiz Paulo Conde (PMDB) aproveitou a oportunidade para atacar Cesar mais uma vez, chamando-o de palhaço.

O vale-tudo eleitoral começou com Cesar. Usando a língua ferina que já sapecou apelidos como Baleia Encalhada (em Conde) e Miss Rabanete (em Jandira Feghali, do PCdoB), o prefeito tentou colar em Crivella a imagem do malandro carioca:

— No debate da TV Globo ele se apresentou como surfista. No programa eleitoral, como taxista. Também é cantor, compositor, engenheiro, missionário... Enfim, é um personagem múltiplo da política carioca, o nosso Azambuja.

Para Crivella, Cesaré uma gripe e ele, a cura

Já o candidato do PL, abatido por uma gripe, batizou a virose com o nome do prefeito.

— Peguei a “Cesar Maia”, mas em 3 de outubro nós vamos distribuir a “Crivecilina”. É uma dose só, tem quatro anos de garantia e vai erradicar essa gripe — afirmou.

Conde não perdeu tempo e prestou solidariedade a Crivella, afirmando que Cesar transformou-se no “grande palhaço” da eleição:

— Com isso, ele assume um papel vergonhoso e triste.

Alan Gripp e Giampaolo Braga/O Globo