Bush & Estica
LUÍS FILIPE BORGES
Eu, se fosse americano, não queria um Presidente chamado "Jorge Arbusto". Sobretudo depois de já ter tido um com o mesmo nome. Como português, já bem me chega a urticária que o simples nome próprio "Jorge" me tem provocado. Mas, honra lhe seja feita, Bush tem algo de qualidade, algo vertical e digno. A sua gravata. De resto, e se voltar a vencer as eleições e quiser passar cá pelo burgo, pode sempre usar o Nuno Rogeiro como laço e o Luís Delgado como suspensórios. Bush não pode ganhar. Tal como não ganhou da outra vez - teve menos votos que Gore. O método eleitoral norte-americano faz-me lembrar os golos que Vítor Baía evita: foram mas afinal não foram. E talvez um país com sistemas destes mereça o Presidente que tem. Mas o mundo não - o mundo merece tanto Bush como os socialistas da Madeira merecem João Jardim. Entretanto, e dadas as movimentações que se apontam dentro do DN, talvez seja tempo de o secular jornal da Avenida da Liberdade mudar o cabeçalho. Que tal "Diário da República" como título?
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