janeiro 31, 2006
janeiro 30, 2006
NEVE / Ontem nevou em Évora
janeiro 29, 2006
NEVE / Está a nevar em Lisboa
A vaga de frio que assola o país está a provocar a queda de neve na cidade de Lisboa, Azambuja, Cadaval e Torres Vedras, na serra de Monchique e em onze distritos de Évora. Existem troços cortados ao trânsito na A1, A8, A15 e A6.
A queda de neve obrigou ao encerramento das auto-estradas A1, entre Santarém e Pombal, A8, entre Bombarral e Torres Vedras Norte, A6, entre Montemor-Este e Estremoz, e A15, entre Malaqueija e o nó da A1.
Continua ainda encerrada ao trânsito, desde as 17h30 de ontem, a estrada nacional 315, entre Alfândega da Fé e Bornes.
O gelo mantém condicionada a circulação na A4, no sentido Porto/Amarante, entre os quilómetros 42 e 43.
Segundo os bombeiros do Algarve, os flocos de neve começaram a cair às 11h30, no Alto da Fóia, serra de Monchique, e nesta altura, existe já uma altura de cerca de dois centímetros".
A queda de neve na Fóia - ponto mais alto do Algarve - não acontecia há cerca de três anos.
Até ao momento não se registou qualquer acidente, esperando-se algumas dificuldades durante a tarde, até porque "a novidade fará com que muitos curiosos se desloquem para aquela zona".
Os concelhos do distrito de Lisboa onde está a nevar são Azambuja, Cadaval e Torres Vedras, informou o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC).
Mais a Sul, o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora avançou que cai neve desde a manhã em onze concelhos, entre eles Évora, Redondo, Montemor-o-Novo, Vila Viçosa, Mora, Arraiolos, Borba, Alandroal, Reguengos de Monsaraz e Portel.
A serra de S. Mamede, Portalegre, "acordou" coberta por um manto branco devido à neve que caiu durante a madrugada. Dezenas de pessoas foram até à serra apreciar a paisagem. A camada de neve atingiu uma espessura de cerca de seis centímetros no ponto mais alto, a 1025 metros de altitude, onde se registava, cerca das 11h00, uma temperatura de um grau negativo.
Na localidade de Marvão, a neve também começou a cair ontem à noite, sendo ainda visível, esta manhã, no interior das muralhas da vila candidata a Património Mundial da Unesco.
Tanto na serra de São Mamede como em Marvão é habitual a queda de neve no Inverno, quando as temperaturas baixam significativamente, mas o mesmo já não acontece em Montargil, concelho de Ponte de Sôr, onde também hoje está a nevar.
Na serra da Estrela, a Estrada Nacional 339, que liga Piornos, Torre, Sabugueiro, no maciço da Serra da Estrela, reabriu ao trânsito às 10h40. De acordo com a BT, neste momento estão transitáveis todas as vias do distrito da Guarda. [PUBLICO]
janeiro 27, 2006
ORLANDO / Adeus
Pioneiro da publicidade, romancista, dramaturgo e poeta, Orlando da Costa faleceu esta manhã, em Lisboa, vítima de doença prolongada. Tinha 76 anos. Orlando da Costa nasceu em Lourenço Marques, actual Maputo, e passou a infância e juventude em Goa, onde se inspirou para algumas obras. Aos 18 anos veio para Lisboa, onde se licenciou na Faculdade de Letras em Ciências Histórico-Filosóficas. Na Casa dos Estudantes do Império, nos anos 50, conviveu de perto com alguns dos futuros dirigentes da FRELIMO, MPLA e PAIGC. Publicou o primeiro livro de poesia em 1951, a que se seguiram romances, peças de teatro e mais poesia. Foi na prosa que Orlando da Costa alcançou maior notoriedade. Em 1994, venceu o Prémio «Eça de Queirós» de Literatura, com a obra "Os Netos de Norton". O seu último romance "O Último Olhar de Manú Miranda" foi publicado há 6 anos. Foi vice-presidente da Associação Portuguesa de Escritores, instituição que frequentava com muita regularidade. Era militante do Partido Comunista Português e chegou a integrar o Comité Central do PCP. Orlando da Costa era pai do ministro da Administração Interna, António Costa e do Director Adjunto de Informação da SIC e Director da SIC Notícias, Ricardo Costa.
janeiro 26, 2006
HAMAS / Peace?
janeiro 25, 2006
ARMENGOL / Anestesia local, pistola en mano
En medio de una intervención cargada de referencias políticas, históricas y hasta filosóficas, confesiones personales y recuerdos, lanza una pregunta: "¿Creen ustedes que este proceso revolucionario, socialista, puede o no derrumbarse?". Luego, otra y otra: "¿Lo han pensado alguna vez? ¿Lo pensaron en profundidad?". Aqui.
janeiro 24, 2006
janeiro 23, 2006
CHILE / Foda-se!
Actualização: A filha presa em Washington
CUBA / Revolución energética a oscuras
Gran parte de la capital se mantuvo sin electricidad los días miércoles y jueves y aún quedan barrios donde no se ha podido restablecer, a pesar de que los especialistas están trabajando a tiempo completo.
Castro viene prometiendo desde el pasado año el fin de los apagones, gracias a una nueva estrategia en la que las viejas centrales termoeléctricas serán sustituidas por grupos de plantas eléctricas.
Sin embargo, el estado del tiempo -aumento de los vientos y de la humedad- provocó la destrucción de gran parte del tendido eléctrico de la capital, causando apagones obligando incluso a Castro a suspender un discurso televisivo. (Sigue)
En su intervención, Fidel criticó el tendencioso artículo del corresponsal de la BBC, Fernando Ravsberg, que manipula la realidad de la Revolución Energética que tiene lugar en Cuba.
Bajo el título "Revolución energética a oscuras", este reportero maneja de manera inapropiada y muy lejos de la realidad la reestructuración en el sector eléctrico en la Isla y se suma a las difamaciones que por ahí se hacen sobre nuestro país, explicó.
Lo escrito por este ¿caballero? tal vez pudiera hacer creer a quien no conoce tanto de Cuba que los dirigentes aquí somos unos charlatanes, dijo.
A renglón seguido el Jefe de la Revolución acotó que el mundo sabe la pulcritud con que tratamos nuestros temas, algo que nos ha valido la admiración de muchos en el planeta.
Sentenció que de esa manera se pretende ensombrecer los esfuerzos y recursos destinados a mejorar la calidad de vida de nuestra población, pero —aclaró— el pueblo no se pliega a esos sucios manejos.
Citó frases del artículo, como "Castro promete desde el pasado año el fin de los apagones que todavía siguen", en alusión a los ocurridos en la capital jueves y viernes a causa del mal tiempo, y recordó que lo afirmado por él es que a partir del Primero de Mayo no habrá apagones por falta de generación de corriente.
Desmintió que se hubieran reportado en la capital, durante jueves y viernes, sitios con 48 horas sin electricidad, algo que se asegura en el reportaje de Rabsberg.
No ocurrió algo similar, aseguró, pero ¿qué podemos esperar —se preguntó— si también incluyó en su artículo que las tarifas eléctricas subieron hasta nueve veces su precio anterior, sin especificar que el pago de la corriente en Cuba es el más subsidiado del mundo?
Lo único que es bastante oscuro en este reportaje no es la Revolución Energética, sino las intenciones del señor Ravsberg, que intentan demeritar las ventajas de este proceso, enfatizó el Presidente cubano.
"Le voy a decir al más mentiroso de los reporteros, que siga haciendo los artículos que quiera, y le pido que esté aquí el Primero de Mayo, que no se vaya de viaje, ni de vacaciones para que compruebe que en nada tiene razón", expresó.
Nuestra promesa formulada hace tres días en Pinar del Río se mantiene. A partir del Primero de Mayo las familias cubanas cocinarán con electricidad. Esta etapa de la civilización no puede prescindir de la electricidad. Cada vez usaremos más el gas acompañante de nuestro petróleo con el cual generamos 300 000 kiloWatts por hora. Dentro de dos o tres meses subirá alrededor de 325 000 y tal vez en un año o año y medio estemos en 500 000; es una energía baratísima, afirmó Fidel.
janeiro 22, 2006
PRESIDENCIAIS / Cavaco eleito
Cavaco Silva, eleito hoje Presidente da República, prometeu cooperação e entreajuda com o Governo para ultrapassar os problemas que o país enfrenta. No discurso de vitória, o candidato vencedor prometeu dedicar todos os esforços ao desenvolvimento do país.
Cavaco 1 Cavaco 2 Cavaco 3 Cavaco 4
PRESIDENCIAIS / A reacção de Manuel Alegre
Manuel Alegre afirmou esta noite que o principal objectivo da sua candidatura presidencial "não foi atingido por décimas", uma vez que não conseguiu chegar a uma segunda volta eleitoral, devido à maioria absoluta de Cavaco Silva no sufrágio de hoje.
"O objectivo principal da minha candidatura, a passagem a uma segunda volta, não foi atingido por décimas", afirmou o candidato na sua primeira declaração feita a partir da sede de candidatura, em Lisboa.
O candidato independente disse também que já felicitou Cavaco Silva pela eleição, à primeira volta, para Presidente da República.
Manuel Alegre sublinhou ainda que o movimento cívico que impulsionou a sua candidatura "pode abrir caminhos" para o futuro.
Helena Roseta: interrupção do discurso de Manuel Alegre é "mau prenúncio"
Helena Roseta, membro da comissão política da candidatura de Manuel Alegre, protestou hoje contra a interrupção da transmissão televisiva em directo da declaração do candidato para ser emitido o discurso do secretário-geral socialista, José Sócrates.
"É um ataque à liberdade e à democracia, um mau prenúncio para os tempos que aí vêm", considerou Helena Roseta, classificando como "uma falta de respeito" o facto de as televisões terem interrompido a transmissão da declaração do segundo candidato mais votado nas presidenciais para emitirem o discurso de José Sócrates.
"Nunca se viu nada assim em 30 anos de democracia", acrescentou a apoiante de Manuel Alegre, em declarações à SIC.
Fonte do gabinete do primeiro-ministro esclareceu, entretanto, que quando José Sócrates iniciou a intervenção na sede do PS, desconhecia que Manuel Alegre estava naquela altura a fazer a sua declaração sobre os resultados das eleições.
Candidatura de Alegre destaca "votação expressiva" no candidato independente
O porta-voz da candidatura presidencial de Manuel Alegre, Luís Moita, destacou esta noite a "votação expressiva" no candidato independente, reagindo às projecções de resultados das eleições de hoje.
Luís Moita disse também que Manuel Alegre poderá atingir uma votação inesperada e recusou que o candidato tivesse contribuído para a divisão da esquerda, que se apresentou com cinco candidatos a estas eleições.
"Aparentemente há uma tendência para a eleição à primeira volta do professor Cavaco Silva", afirmou ainda Luís Moita, da comissão política de Manuel Alegre, dizendo que os "dados matemáticos" de que dispõe "estão longe de permitir tirar conclusões".
PRESIDENCIAIS / Soares assume derrota
PRESIDENCIAIS / Faltando 487 freguesias por apurar
CAVACO SILVA 51,20
MANUEL ALEGRE 20,62
MÁRIO SOARES 13,93
JERÓNIMO SOUSA 8,73
FRANCISCO LOUÇÃ 5,10
GARCIA PEREIRA 0,42
PRESIDENCIAIS / Primeira reflexão
PRESIDENCIAIS / Com muito mais de metade das freguesias apuradas
CAVACO SILVA 55,60
MANUEL ALEGRE 18,52
MÁRIO SOARES 13,53
JERÓNIMO SOUSA 7,58
FRANCISCO LOUÇÃ 4,39
GARCIA PEREIRA 0,38
PRESIDENCIAIS / Primeiros resultados
Manuel Alegre arrecada entre 20 a 23% dos votos. Mário Soares poderá ir de 11 a 14%, Jerónimo de Sousa entre 8 a 10% e Francisco Louçã de 4 a 6%.
As projecções da SIC dão conta que Cavaco Silva recolhe de 50.4 a 54.6% dos votos, sendo, por isso, o próximo inquilino de Belém, já a partir deste domingo.
Manuel Alegre vem a seguir com entre 17.7 e 21.5% dos votos, Mário Soares de 12.5 a 16.3%, Jerónimo de Sousa entre 6.4 e 8.6% e Francisco Louçã de 4.7 a 6.5%.
O "sexto candidato", Garcia Pereira, recolhe a preferência de entre 0.5 a 1.1% do eleitorado.
A abstenção, segundo as contas da SIC, rondará os 48%.
Já de acordo com a TVI, Cavaco Silva é o vencedor deste escrutínio com entre 50 a 54.8% da preferência do eleitorado.
Manuel Alegre é o segundo candidato mais votado, com entre 18.4 e 22.4% dos votos, seguido de Mário Soares com de 11 a 15%.
Jerónimo de Sousa, segundo a TVI, reúne a preferência de entre 7 a 10% dos votantes e Francisco Louçã de 3.4 a 6.4%.
janeiro 21, 2006
ARTUR RAMOS / O melhor amigo do meu pai
Foi o primeiro realizador efectivo da RTP, responsável pelas emissões experimentais da televisão estatal Bolseiro do Governo francês, era militante do Partido Comunista Português desde 1957.
O actor, encenador e realizador Artur Ramos morreu ontem em Lisboa. Contava 80 anos. O funeral realiza-se amanhã para o Cemitério do Alto São João, em Lisboa, saindo, às 11 horas, do centro funerário de São Pedro de Alcântara. O corpo de Artur Ramos estará hoje em câmara ardente, a partir das 14 horas.
Artur Ramos foi o primeiro realizador efectivo da RTP, depois de ter sido responsável pelas emissões experimentais na Feira Popular.
Na RTP dirigiu numerosas peças de autores como Tchecov, Carlos Selvagem, John Milligton Synge, Marivaux, Gervásio Lobato, Molière, Almeida Garrett, Gil Vicente, Calderón, Thorton Wilder, Oscar Wilde, Lope de Vega, Eugene O´Neill, Cervantes, Bernard Shaw, Mrozeck, Ribeiro Chiado, Luís de Sttau Monteiro, Alfredo Cortez, Marcel Pagnol, Miguel Rovisco, António Ferreira, entre outros.
A actriz Alina Vaz -que por ele foi dirigida na RTP na peça "O pedido de casamento" de Tchekov, com Rogério Paulo e Jacinto Ramos - salientou a "exigência profissional e a qualidade" do realizador.
"Destacou-se por uma apetência por textos literários e a divulgação de escritores através da televisão", disse ainda a actriz.
Como realizador assinou os filmes "Pássaros de Asas Cortadas", a partir de uma obra de Luiz Francisco Rebello, e "A Noite e a Madrugada", a partir de um original de Fernando Namora, de quem adaptou para RTP "Retalhos da Vida de um Médico".
Enquanto encenador, deve-se a estreia em Portugal de "Os dias felizes" de Samuel Beckett, com Glicínia Quartin.
Artur Ramos fundou duas companhias em Portugal, o grupo de Acção Teatral e a do Teatro Maria Matos. Foi crítico de teatro na "Seara Nova" e professor das escolas de teatro e cinema do Conservatório Nacional.
Artur Ramos nasceu em Lisboa, a 20 de Novembro de 1926, licenciou-se em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras de Lisboa.
Em Paris, onde viveu durante cinco anos, obteve uma bolsa do Governo francês para o Instituto de Altos Estudos Cinematográficos.
O ano passado foi homenageado pelo Festival de Teatro de Almada como "um homem de cultura, e uma personalidade humanista e tolerante, a quem devemos, todos os que trabalhamos no teatro, um exemplo de qualidade artística, de escrupulosa seriedade e de permanente energia", lia-se no programa da homenagem.
Aderiu ao Partido Comunista Português em 1957, onde, depois de 25 de Abril de 1974, foi dirigente do sector de artes e letras e do sector intelectual da Organização Regional de Lisboa. Foi, durante vários anos, colaborador da secção internacional do PCP. [Jornal de Noticias]
PRESIDENCIAIS / Dia de reflexão
Mario Soares quer ser presidente porque, com a idade que tem, tem todas as chances de acabar no Panteão Nacional, ao lado da Amália e outros personagens. Protocolo de Estado, oblige.
O Cavaco Silva quer ir para Belém, não porque tenha sequer uma vaga ideia do que faz um presidente, mas sim porque é uma forma de recuperar o prestigio que perdeu nas eleições, quando foi corrido pior que os espanhóis pela padeira de Aljubarrota.
Manuel Alegre como não vende livros e vive do ordenado de deputado há um porradão de anos quer, pelo menos, ser lembrado por alguma coisa. Quanto mais não seja por presidente de honra do batalhão de bombeiros voluntários da Vila Nova de Milfontes, um cargo inerente à presidencia da República.
O Jerónimo de Sousa é um mistério. Não se sabe se quer ir para Belém ou está a cumprir uma missão do partido. Como se sabe, o Partido é “quem mais ordena”.
Francisco Louçã tá na corrida para chatear o Jerónimo. Se ganha, prova que os dissidentes do Partido tinham razão e a vingança é um prato que se come frio.
O último gajo, o do MRPP, contenta-se apenas com que se lembrem do seu nome. [RF]
PRESIDENCIAIS / Sócrates pode desafiar Alegre
Ontem, Manuel Alegre foi categórico sobre o congresso do PS: “Isso não me interessa. Neste momento só me interessa a segunda volta das presidenciais.”
O certo é que, para já, alguns dirigentes e ex-dirigentes do partido colocam claramente a decisão sobre o futuro de Alegre no PS do lado do candidato presidencial: “A bola vai estar do lado do Alegre no próximo mês”, afirma um socialista. E um alto dirigente do PS acrescenta: “A bola não está no campo do José Sócrates e, por isso, se algo for feito, é em reacção a qualquer atitude menos adequada [de Manuel Alegre].”
O mesmo dirigente diz mesmo que o regresso de Alegre às actividades partidárias, ao grupo parlamentar do PS e às funções de vice-presidente da Assembleia da República, para as quais foi indicado pelos socialistas, “é uma questão de ele se sentir bem ou mal no partido”.
Uma outra fonte socialista é ainda mais precisa. “O Alegre tem duas saídas na segunda-feira: ou abandona a vida política ou se integra no grupo parlamentar e isso irá criar fricções.” E, se assim for, “o Sócrates vai desafiá-lo para disputar a liderança. Isso vai acontecer inevitavelmente, porque aí o Sócrates estará sempre à vontade, até para o massacrar do ponto de vista eleitoral”. A este propósito, diz o alto dirigente: “Manuel Alegre teve cerca de 15 por cento [na disputa com Sócrates para secretário-geral], não sei se teria mais votos se disputasse agora a liderança.”
Certo, neste momento, é que a candidatura presidencial de Manuel Alegre, como diz um ex-dirigente, “vai deixar marcas no PS”. Por isso, se o candidato presidencial decidir permanecer no PS, “haverá certamente uma grande frieza”, sublinha um alto dirigente socialista. Até porque, explica, “a vida política não é só regras, há também razões ideológicas, e ele [Alegre] tem tido um discurso conflituoso com tudo o que é o espírito do PS”. Que acentua: “Manuel Alegre tem tido, durante a campanha eleitoral, um discurso populista, ultramontano e de um esquerdismo passadista.”
Ontem, Vitalino Canas, porta-voz do PS, garantiu que ainda não foi tomada nenhuma decisão sobre a data da realização do congresso, que está previsto para Outono de 2006. O porta-voz socialista considera que a antecipação do congresso do PS para o primeiro trimestre de 2006, noticiada ontem pelo ‘Expresso’, é “especulativa”.
Fontes do PS dizem que antes do congresso será necessário marcar o acto eleitoral para eleger os novos dirigentes das federações distritais, o que poderá acontecer em Fevereiro ou Março deste ano. No domingo, o PS reúne, a partir das cinco da tarde, o Secretariado Nacional para analisar os resultados das eleições. [Correio da Manhã]
PRESIDENCIAIS / Se...
PRESIDENCIAIS / Alegre: "A escolha é entre mim e Cavaco Silva"
Faço um apelo muito solene e sentido a todos os socialistas. Têm de decidir se querem ou não querem ganhar as eleições. Têm que compreender, por muito que isso custe a alguém, que a única candidatura que pode ir à segunda volta e que tem condições para numa segunda volta derrotar Cavaco Silva é a minha e nenhuma outra. Os socialistas que querem derrotar Cavaco Silva só têm uma escolha – é esta candidatura de cidadania, que criou um facto novo na vida nacional.
Que nenhum voto democrático fique em casa, que nenhum voto mude de campo, porque se houver segunda volta nós vamos ganhar estas eleições. Percebi isso muito bem, nas voltas que dei pelo país. A escolha é entre mim e Cavaco Silva.
[Manuel Alegre, 20.01.2006]
PRESIDENCIAIS / A indeferença española
janeiro 20, 2006
PRESIDENCIAIS / Os velhos
MEMóRIA / 1975, primeiras eleições livres
PRESIDENCIAIS / El Mundo (Espanha)
Elecciones o antídoto contra el pesimismo
El vencedor de las elecciones será el cuarto presidente portugués de carácter constitucional, el sexto desde la Revolución de los Claveles. Dará el relevo a Jorge Sampaio, inquilino del Palacio de Belém desde 1996, cuando venció al actual candidato centrista Cavaco Silva. Sampaio sustituyó a su vez a otro de los aspirantes de este domingo, Mario Soares, que ocupó la presidencia durante una década. Viejos conocidos, por tanto, en esta contienda electoral.
Los principales candidatos son el conservador Cavaco Silva y los socialistas Manuel Alegre y Mario Soares. A ellos se suman otros tres aspirantes de la izquierda: el comunista Jerónimo de Sousa, el radical Francisco Lousá y el abogado Antonio García Pereira, apoyado por la extrema izquierda.
A pesar de que esta orientación ideológica cuenta con un espectro más amplio de posibilidades, es Cavaco Silva quien conseguirá la victoria a juzgar por los sondeos, que le vaticinan incluso una mayoría absoluta. Podría cosechar entre un 52% y un 53% de los votos, lo que evitaría una segunda vuelta, por la que luchan con ahínco los candidatos de izquierda.
El poeta Manuel Alegre, sin apoyo del Partido Socialista (PS), del que es dirigente, puede ser el segundo candidato más votado, con porcentajes que varían desde el 16% al 20%. Y el aspirante apoyado por el PS, su histórico líder y ex presidente Mario Soares, podría quedar tercero, con porcentajes calculados entre el 12,4% y el 16%.
Pesimismo y crisis económica
Los portugueses sueñan con que el resultado de las elecciones ayude a vencer el ambiente pesimista causado por la crisis económica y devuelva al país a la senda de la convergencia europea.
Los principales candidatos coinciden en la necesidad de cambiar el rumbo de un país cuyos ciudadanos parecen resignados a ver cotidianamente cómo empeora su nivel de vida, especialmente en relación a España, vecino con el que les gusta compararse.
Con poco más de 10,5 millones de habitantes y 91.947 kilómetros cuadrados de superficie, Portugal hace frente a una crisis que data de 2000 y ha visto cómo en 2005 la tasa de desempleo subía hasta el 7,7%, nivel desconocido hasta ahora. La pérdida de empleo ha hecho sonar las alarmas al comprobarse que zonas emblemáticas como Lisboa, auténtico motor económico luso, ya registra un 9% de paro.
Pero el mayor problema son las cuentas públicas; el Banco de Portugal difundió la pasada primavera un informe que cifraba el déficit público en el 6,83% del producto interior bruto (PIB), el peor de la zona euro.
El primer ministro socialista, José Sócrates, anunció medidas de choque, muchas de ellas impopulares, para cumplir el Programa europeo de Estabilidad y Crecimiento (PEC) para el periodo 2005-2009.
Portugal sufre además una alarmante falta de competitividad de sus trabajadores, los menos productivos entre los primeros 15 miembros de la UE.
De acuerdo con estos datos, ha cundido en el país la opinión de que el próximo presidente debe ayudar al Gobierno socialista, que apuesta por medidas de choque para mejorar la cualificación de los trabajadores, y por invertir en grandes obras públicas.
LIGA / Entretanto, uma pausa...
O Benfica alcançou esta sexta-feira pela primeira vez a liderança da Liga portuguesa de futebol, à condição, ao somar no reduto do Gil Vicente um sofrido nono triunfo consecutivo (3-1), sétimo na prova, em encontro da 19ª jornada. O "onze" do holandês Ronald Koeman começou praticamente a perder, face a uma grande penalidade convertida por Nandinho (10 minutos), mas logrou dar a volta, com tentos de Simão (17, também de penalti), Geovanni (34) e um autogolo de Marcos António (56).
Desta forma, o Benfica interrompeu uma série de sete jogos sem sofrer golos na prova, mas os três marcados (já é o melhor ataque, com 31) permitiram-lhe igualar o FC Porto - recebe sábado a Naval - e vingar o desaire sofrido na Luz perante o Gil Vicente (0-2). [TSF]
PRESIDENCIAIS / A ilusão
MUITOS apoiantes de Mário Soares têm agitado, ao longo da campanha, o fantasma da instabilidade perante a iminência de uma vitória de Cavaco Silva. Acredito que eles acreditem no que dizem. Mas estão enganados.
Antes de mais, a instabilidade política tem hoje apenas uma ténue ligação com a instabilidade económica. No fundamental, as grandes opções económicas estão feitas e, perante elas, PS e PSD estão absolutamente de acordo. A privatização do pouco que ainda não foi privatizado, a contenção nas prestações sociais e a aposta numa competitividade assente em salários baixos são política oficial do país. São as «grandes reformas» aplaudidas pelo «mainstream» da classe política e económica. Se a social-democracia está morta por toda a Europa, nunca chegou a nascer em Portugal.
Mas mesmo no estrito terreno da política, Cavaco não é um perigo para Sócrates. Os eleitores, que se desenganem os socialistas, bem queriam que ele o fosse. Mas ele não está para aí virado. É o candidato do bloco central, como Sócrates, há uns meses, o foi. Até às próximas eleições legislativas, até ter feito o seu golpe de Estado no PSD, o professor pretende entender-se com o primeiro-ministro. E para Sócrates qualquer pequena rixa com Cavaco até será uma bênção. Nunca passará do pormenor e fará Sócrates parecer um homem com preocupações sociais. Mais importante: a direita fica paralisada, pendurada em Belém, e condenada a uma cooperação estratégica com o Governo. Pelo menos nos próximos três anos, Sócrates dormirá descansado. A direita, essa, terá de esperar que Cavaco lhe queira arrumar a casa. Bem pode viver, por estes dias, algum contentamento. Não passa de uma ilusão. Tão grande como a dos que, querendo castigar Sócrates, pretendem votar no seu espelho. Sendo Cavaco um incorrigível autoritário, o problema é, na realidade, mais simbólico do que político. E num país com um imaginário repleto de pais tiranos, há retrocessos que não devemos desprezar.
Os três votos
FORA de Cavaco há três alternativas de voto. Em Mário Soares. Um voto militante no PS. Soares, que não deu porque já havia um candidato pronto para explicar os «sacrifícios» aos portugueses, cometeu um erro fatal: quis ser o candidato de Sócrates, transformando-se assim, aos olhos dos eleitores, no responsável por todos os males do presente e até do passado. Simbolicamente, vestiu o fato do candidato do poder. Um saco de boxe. Em Manuel Alegre. Excelente almofada para o Governo. Parte da irritação, à esquerda, com este Governo, irá para um projecto egocêntrico e politicamente inconsequente que já deixou claro não querer fazer nada com os seus votos. Um espaço de catarse que acabará como a sua campanha: num cemitério político.
Sem que se esqueçam que não sou nem me faço passar por independente, sobra um voto. Em Louçã e em Jerónimo. Os únicos que sobrevivem ao dia 22. A curto prazo, a eficácia dos dois é a mesma. Mas a longo prazo, não. Porque Louçã entra no eleitorado socialista e jovem. Faz, de forma estruturada, a ponte entre diferentes tradições da esquerda. Consegue juntar o discurso liberal nos costumes com o discurso socialista na economia. É transversal aos grupos sociais, aos espaços políticos e às várias gerações. E é, como se viu nesta campanha, o mais preparado dos líderes de esquerda. O espaço político à esquerda, fora da moleza do PS e da rigidez do PCP, sempre existiu. Teve, em Maria de Lurdes Pintasilgo, a sua primeira manifestação eleitoral relevante. E Francisco Louçã transformou-se, de forma consistente e por mérito próprio, no protagonista que lhe faltava. E esse espaço tem hoje muito mais por onde crescer do que há vinte anos. Não é por acaso que a direita, que antes lhe achava graça, lhe tem hoje um ódio de morte. Bom sinal.
À espera de Cavaco. Souto Moura informa que o inquérito ao registo de telefonemas de metade a classe política portuguesa, que num país normal levaria à sua imediata demissão, só estará pronto depois das eleições presidenciais.
Grande comício de encerramento de Manuel Alegre: todos ao cemitério dos Prazeres! Depois de Salgado Zenha, Norton de Matos, Miguel Torga, Fernando Vale e mais uns tantos, a romaria eleitoral de Manuel Alegre tentou homenagear Sousa Franco, acusando a viúva de estar a ser manipulada.
Resumo de um país. Segundo os últimos números, o desemprego continua a subir entre licenciados, enquanto diminui em trabalhadores sem qualificações. [EXPRESSO]
CUBA / Una pregunta colateral
Hoy mismo, según los despachos de las agencias, autorizaron que un equipo de béisbol viniera a Estados Unidos, desde Cuba, a jugar en un mundial de grandes ligas, pese a la oposición de los exiliados. Lo dice la EFE: "De acuerdo al portavoz de la Casa Blanca Scott McClellan, tanto el presidente Bush como su administración siempre desearon resolver el asunto de una manera positiva".
La comunidad exiliada dio al presidente Bush unos 700 mil votos en la última elección presidencial -contribuyendo decisivamente al resultado final-, tiene tres congresistas y dos senadores, en Washington. Entonces, ¿dónde está su capital político? ¿porqué hay que hacer una huelga de hambre para ser recibido por la administración?
¿Qué más falta por suceder para que se den cuenta de que para la Casa Blanca son, literalmente, un cero a la izquierda? [RF]
PRESIDENCIAIS / Graçolas rapidinhas
PRESIDENCIAIS / Gente II
Louçã, o salvador. Francisco Louçã tem aproveitado esta campanha eleitoral para responder a convites que tinha na sua agenda e aos quais parecia não saber o que fazer. Na última semana desta contenda para as presidenciais o candidato bloquista resolveu ir conhecer a Escola Superior de Teatro e Cinema, do Instituto Politécnico de Lisboa, que está instalado na Amadora profunda. A comitiva seguia pelos corredores labirínticos do moderno edifício da escola até que foi parar à sala do guarda-roupa. Aí, houve quem não resistisse a comentar: «Haverá cá algum fato de D. Sebastião que sirva a este candidato?» Mas infelizmente para Francisco Louçã, ainda não foi desta que pôde vestir a pele de salvador.
Filho de peixe... Numa altura em que tanto se fala de renovação nos partidos, a caravana eleitoral de Mário Soares não se pode queixar de não estar a lançar sementes para o futuro. Embora a JS já tenha tido melhores dias, fez um esforço para animar a campanha e tem conseguido dar cor à difícil cruzada soarista. A confirmar que filho de peixe sabe nadar, na estrutura jovem da campanha têm-se destacado os filhos de três conhecidos nomes do PS: Pedro Costa, filho do ministro António Costa, que aparece quando as aulas lho permitem; Paulo Penedos, filho do ex-dirigente José Penedos, que ajuda a organizar a volta do candidato; e Francisco César (na foto), filho do líder açoriano Carlos César, que coordena a caravana jovem. Parecido com o pai, tem sido uma preciosa ajuda para Soares mesmo quando o hino «MP3 não há duas sem três» custa a entrar nos meios menos urbanos. Há dias, em plena Beira Alta, uma mulher tentava acompanhar a toada gritando: «RTP não há duas sem três». [EXPRESSO]
janeiro 19, 2006
PRESIDENCIAIS / Sondagens
Cavaco Silva ganha à primeira volta
A vitória de Cavaco Silva à primeira volta surge nesta sondagem bem menos folgada do que nos primeiros estudos que lhe davam valores acima dos 60 por cento, mas os actuais 53 por cento deixam o segundo, Manuel Alegre, a mais de 30 pontos de distância.
Se ao longo da campanha Cavaco é aquele que mais desce, o candidato independente é quem galga mais degraus. Alegre começou com 11,5, termina com 20,6 por cento de intenções de voto.
De acordo com os números, Mário Soares ensaia um caminho inverso, começou à frente de Alegre com 14,5 por cento, baixou, recuperou num primeiro momento depois da participação de José Sócrates na campanha soarista, mas volta a cair nesta recta final para os 12,4 por cento.
Depois de nos últimos dias o antigo líder ter ultrapassado, Alegre entre os eleitores do PS, hoje assiste-se a um empate no voto socialista, 39,4 por cento para cada um dos candidatos da sua área política.
Também assim se sublinha que é entre o eleitorado do PS que se situa a maior fatia dos 11,5 por cento de indecisos.
No disputado campeonato à esquerda, Jerónimo de Sousa garante por umas décimas a primazia sobre Francisco Louçã.
O secretário-geral do PCP consegue 6,9 por cento e o dirigente do Bloco de Esquerda 6,1 por cento. Louçã esteve à frente de Jerónimo logo no início da campanha, mas perdeu algum terreno na última semana.
Garcia Pereira fecha a campanha com 0,5 por cento.
Estes dados resultam da recolha de 1416 entrevistas, entre os dias 15 e 18 de Janeiro, mas importa lembrar que desde o dia 4 a Marktest realizou para a TSF e Diário de Notícias um total de 3088 inquéritos telefónicos a indivíduos maiores, homens e mulheres, residentes em Portugal continental.
Tendo em conta essa base acumulada durante a campanha eleitoral os valores são mais favoráveis a Cavaco Silva, 56 por cento. Alegre recolhe 17,5, Soares 12,8, Louçã surge antes de Jerónimo com uma décima de diferença, 6,7 contra 6,6 por cento.
Em terreno residual Garcia Pereira recolhe 0,4 por cento. O erro da amostra é de 2,6 por cento. [TSF]
Sondagem elege Cavaco
Se as eleições fossem hoje, Cavaco Silva ganharia à primeira volta com 52 por cento dos votos, revela a última sondagem da Universidade Católica realizada para a RTP e Antena 1. Manuel Alegre fica à frente de Mário Soares e Jerónimo de Sousa de Francisco Louçã.
Embora ainda vitorioso, Cavaco Silva sofre uma significativa queda em relação à última sondagem realizada pela Universidade Católica. A 6 de Janeiro tinha 60% das intenções de voto, agora fica-se pelos 52 por cento.
Manuel Alegre chega aos 19 por cento, mais três do que no início de Janeiro. É o segundo mais votado.
Quem recupera é também Mário Soares, subindo dois pontos percentuais, para os 15 por cento.
O candidato apoiado pelo Partido Comunista, Jerónimo de Sousa, mantém o mesmo valor do dia 6 de Janeiro: 7 por cento.
Francisco Louçã ganha apoiantes e atinge os 6% (tinha 4% das intenções de voto)
Por último, Garcia Pereira consegue um por cento das intenções de voto.
Esta sondagem foi realizada pela Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público nos dias 14 e 15 de Janeiro. A intenção de voto foi preenchida confidencialmente pelos inquiridos em sua casa num boletim de voto simulado, depositado em urna fechada. Foram obtidos 3713 inquéritos válidos. A margem de erro é de 1,6% e o nível de confiança de 95%.
As eleições presidenciais são no próximo domingo. Cerca de 8,9 milhões de eleitores estão recenseados para escolher o sexto Presidente da República em 30 anos de democracia. [RTP]
Outra sondagem: Correio da Manhã
janeiro 18, 2006
ESPAÑA / El regreso del sargento Arencivia
ACTUALIZACIÓN: El gobierno de Madrid actua.